terça-feira, 29 de setembro de 2009

5º ENCONTRO- TEXTO EM RITMO


5º ENCONTRO-GESTAR II-PASSOS-29 DE JUNHO 2009

FORMADORA: RAQUEL LEMOS PAIM LIMA

5ª OFICINA

“O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.”
Leonardo da Vinci

Em nossa 5ª oficina trabalhamos os gêneros literários e não literários nos seguintes aspectos:

- Distinguir as características de gênero literário e de gênero não-literário; -Caracterizar gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem;
-Caracterizar uma das formas de realização do gênero poético: o cordel.
Foi apresentado às cursistas o power point do texto “TANGO”, sobre o qual discutimos os aspectos semânticos que sintetizam a narrativa, bem como as escolhas linguísticas e o tema.
Foi solicitado às cursistas a reescrita do texto “TANGO” em uma narrativa, sob a perspectiva de cada uma, podendo acrescentar elementos, mas não omitir os já contidos no texto.
Confira alguns relatórios, narrativas das cursistas e de seus alunos, que por sinal ficaram super interessantes.

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GESTAR II- Língua Portuguesa


Relatório


CURSISTA: PAULA VOLTARELLI


Foi apresentado aos alunos dos 6ºs anos V3 e V4 e do 7º ano V3 o texto ritmado “Tango” por meio do projetor “data show”. Antes, foi explicado que uma história pode ser contada e escrita de diversas maneiras. Após a apresentação do texto, os alunos fizeram suas interpretações com a ajuda da professora, que apenas “mostrou-lhes caminhos” para compreenderem o principal, deixando-os livres para entenderem os detalhes como quisessem. Explicou-se que aquele texto é uma narração escrita de maneira resumida, com palavras soltas, e que sua interpretação se faz por meio de inferências e sentido do jogo com as palavras. Logo em seguida, os alunos reuniram-se em grupos para expressarem seu entendimento do texto ritmado por meio de uma narração na qual contassem toda a história com os detalhes de suas interpretações. Todo esse trabalho foi realizado antes do período de férias, que coincidiu ainda com a época de trabalhos e avaliações de recuperação. Devido a isso a professora não pôde concluir suas aulas a respeito desse assunto. Assim que as aulas retornarem será feita leitura das narrações pelos alunos e em seguida a produção de um novo texto ritmado, mas veja alguns resultados:

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E. M. Profª. Jalile Barbosa Calixto. GESTAR II Narração a partir do texto ritmado “Tango”

Alunas: Paloma, Roberta, Anne e Sara Maria. 6º ano V3.

Professora: Paula Voltarelli.


O crime e a morte


Era uma vez um homem que se chamava Zé dos Sapatos Lustrosos. Ele era alto, usava um bigode fino e andava com uma peixeira. Vivia casada com ele uma mulher chamada Mariazinha de Tranças, que tinha meia-altura, usava pouca pintura e saia justa. Era comerciária e usava bobbys aos sábados. Zé dos Sapatos Lustrosos adorava filmes de crimes. Já Mariazinha adorava fotonovela. Até que um dia apareceu no trabalho de Maria um homem muito bonito, de terno cinza, limpo e bancário. Os olhos dela se encontraram com os olhos de Toninho do Terno Cinza. Eles começaram a se conhecer, começaram a ficar, começaram a trair Zé dos Sapatos Lustrosos. Mas logo depois se separaram. Mariazinha ficou cinzenta, chorosa e triste. Ela voltou para os braços de Zé, mas não deu certo, ele não se deixou ser enganado, então disse: - Sua vagabunda! Ce pensou que ia me enganar? Zé, sem controle, pegou a peixeira e matou Mariazinha de Tranças, e acabou sendo preso.


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GESTAR II Língua Portuguesa


Atividade de produção de texto baseado no texto ritmado “Tango”.


CURSISTA: Paula Voltarelli.


E. M. Profª. Jalile Barbosa Calixto


O Tango dos Bilhetinhos


Num salão bem charmoso esta história começou. Zé dos Sapatos Lustrosos tirou para dançar a tímida Mariazinha de Tranças. Ele: sedutor, alto, bigode fino, cabelos penteados, unha comprida no dedo mínimo. Ela: meia-altura, pouca maquiagem, saia justa - comerciária. Naquele tango apaixonaram-se. Foram várias noites de namoro naquele local mágico. Passos de romance. Passos de desejo. Amor verdadeiro. Não tardou para Mariazinha ser pedida em casamento. Zé dos Sapatos Lustrosos, sempre apaixonado, cuidava muito de sua esposazinha. Maria, sempre trabalhando, só tinha tempo de se cuidar aos sábados, com seus bobbys nos cabelos. Ela adorava sonhos de amor e aventuras como das fotonovelas que assistia! Já Zé era fascinado por filmes de crimes, até pegou a mania de andar com uma peixeira, como um personagem do qual admirava muito. Diferenças de gostos. Diferenças de atitudes. Ele sempre zeloso. Ela sempre trabalhando na loja. O amor faz passar o tempo. Será que o tempo faz passar o amor? Até que, um dia, entra na loja um rapaz muito bonito, bem comportado, limpo e bancário. E ela se vê invadida por um estranho calor, assim que seus olhos se cruzam com os de Toninho do Terno Cinza. Um bilhetinho foi deixado no balcão para a moça de tranças. Quando Mariazinha o leu, ficou toda arrepiada: nele havia o telefone de Toninho, um belo elogio e um irrecusável convite de passeio escondido. Mariazinha tímida do salão de tango? Que nada! Aquele calor em seu coração a fez ligar para o tal número no mesmo dia! Saíram na noite seguinte. Maria disse ao seu marido Zé dos Sapatos Lustrosos que teria de fazer hora extra obrigatoriamente. Quantas horas extras surgiram após aquela primeira! Mariazinha de Tranças se entregava ao charme de Toninho do Terno Cinza e vivia as aventuras que, para ela, só existiam em suas fotonovelas. Sedução... novidades... medos... gostinho de “quero mais”. Zé estava muito triste nas primeiras noites sem Maria em casa. Quanta saudade sentia de sua amada! “Coitadinha de minha linda Trancinha, como trabalha!”, pensava ele. Mas com o tempo não era mais isso que lhe vinha à cabeça não... Maria já estava tão apaixonada que chegou a comentar com seu Toninho sobre a possibilidade de fugirem. Com um leve sorriso, ele lhe disse que planejaria tudo com muito carinho. Dias... noites... Toninho esfriando. Toninho sem carinho. Toninho sério... “Toninho cansado do serviço no banco”, pensava Mariazinha de Tranças. Toninho esperto, isso sim. Deu o fora e dessa vez nem deixou um bilhetinho. Quanta decepção! Quanto sofrimento! Mariazinha estava despedaçada. “Zé que me ama... Zé que me zela...”. Acabaram finalmente as horas extras. Mariazinha de Tranças e Zé dos Sapatos Lustrosos estavam juntos novamente em noites tranquilas. Tranquilas até demais. Ele comprovou suas desconfianças nas mudanças de sua esposa com ele, mas também por meio de um bilhetinho anônimo que havia recebido há poucos dias alertando-o sobre com quem se casara. Noite de tango no salão.Nunca aquela peixeira fora tão útil! Dramatizando na realidade a cena de crime de seu filme preferido, Zé dos Sapatos Lustrosos deu fim aquele casamento: - Sua vagabunda! Cê pensou que ia me enganar? Enterro simples. Em meio a familiares e amigos chorosos, Toninho do Terno Cinza jogou um bilhetinho de lembrança para Mariazinha de Tranças. Também mandou outro bilhetinho para a prisão, onde agora estava Zé dos Sapatos Lustrosos. Foi um bilhetinho de consolo, agora assinado. Zé entendeu que a maldade não estava apenas em sua pessoa, que matara a esposa num momento de fúria. Estava também naquelas que maltratam por prazer em ver o sofrimento alheio. O que poderia ele fazer? Nada. Tudo estava acabado.


*************************************************************************** CURSISTA: ADRIANI LOBATO


Atividade realizada na aula presencial do curso GESTAR.


Narrativa de “Mariazinha de Tranças e Zé dos sapatos lustrosos”.


Conta-se a história de Zé dos sapatos lustrosos, moço alto, bigode fino e brilhantina no cabelo. Levava sempre consigo um pente e uma peixeira. E da romântica Mariazinha de Tranças, moça de meia altura, usava sempre saia secretária, pouca pintura, muito vaidosa. Zé dos sapatos lustrosos levava uma vida folgada, até que um dia viu Mariazinha passar. Seu olhar malicioso caiu sobre suas pernas e tranças. Mariazinha trabalhava, trabalhava e trabalhava e sonhava com suas fotonovelas. Zé dos sapatos lustrosos ocupava-se dos seus “trampos” que incomodava a vizinhança. Juntos levava uma vida assim, assim... Até que um dia, entra na loja um rapaz muito bonito, bem comportado, limpo e ... ban-cá-rio. E ela se vê invadida por um estranho calor, assim que seus olhos se cruzam com os de Toninho do Terno Cinza. Toninho e Mariazinha não resistiram a forte atração, ao desejo incontrolável e se entregaram ao prazer momentâneo, passageiro. Depois disso Toninho do Terno Cinza sumiu como fumaça. Mariazinha, sozinha, triste e chorosa volta para o Zé dos Sapatos Lustrosos, acreditando que pudesse levar adiante sem revelar o seu segredo. Vivem então uma noite de amor. Porém, Zé já maquinava como lavar sua honra. Empunhando sua peixeira, aos berros gritou: __ “Sua vagabunda! Cê pensou que ia me enganar?” e tirou a vida da bela Mariazinha indefesa. Zé dos Sapatos Lustrosos perdeu sua vaidade e liberdade, Foi direto para o xadrez. ******************************************************************************** Posteriormente as cursistas partiram para o prospecto do texto em ritmo, isto é, a partir da dinamização do texto “Tango” cada grupo deveria criar um texto com outro ritmo:Rock, Samba, Bolero, Axé, Funk, Sertanejo, etc. No início elas se sentiram impotentes por não dominarem a informática, então foi feita a inovadora proposta: Faríamos a próxima oficina com um professor especialista e em uma sala de informática com quatro horas de duração, a euforia foi total com expectativa de aprenderem a montarem o texto em ritmo e consequentemente aulas mais criativas e atrativas para professores e alunos. Confira o resultado na próxima postagem.

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