terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A Pesca

Relatório VI O poema “A pesca” foi lido e interpretado pelos alunos do 7º ano V3 com a colaboração da professora, que os instigava a entender e imaginar a cena nele retratada. Após a leitura foram formados cinco grupos aos quais foram distribuídos os tipos textuais a serem produzidos. A divisão ocorreu por meio de sorteio da seguinte maneira: um grupo com o tipo narrativo, um com o tipo descritivo, um com o tipo preditivo e dois com o tipo injuntivo. Não foi trabalhado o tipo dissertativo devido ao nível da turma e do ano em que os alunos estudam. As produções escritas foram realizadas com muita criatividade e interesse, destacando-se entre eles os textos injuntivos, que foram feitos por meio do gênero poema, e o preditivo, relacionado com o trabalho dos videntes. Fez-se a reescrita dos textos após correção da professora e então seguiu-se à etapa de planejamento das apresentações dos mesmos, que deveriam acontecer por meio oral para toda a turma. Foi dado aos grupos um prazo para a preparação dos trabalhos e chegado o dia foram feitas as apresentações de diversas maneiras, dentre as quais muitas foram por meio de teatro, todas filmadas pela educadora. Conclui-se que os alunos tiveram uma aula diferente e divertida de produção textual, unindo a este trabalho momentos de descontração e troca de aprendizado em grupos. Cursista: Paula Voltarelli

sábado, 12 de dezembro de 2009

MEMORIAL DE LEITURA

Memorial de Leitura

Memorial apresentado à professora Dra Ormezinda Maria Ribeiro- Aya

– Programa (GESTAR II)-

“Os conhecimentos nos dão meios para viver...

A sabedoria nos dá razões para viver”(Rubens Alves)

Nas atitudes de vida, a essência da alma

Entre verdes montanhas, grutas e vales cresci em uma cidadezinha onde diziam crescer sábios e loucos... hoje, entendo... Sábio por buscar dentro da própria alma, a pureza e simplicidade em ser feliz...Louco por contentar-se com o “Rela” na praça principal da minha querida Alpinópolis, mais conhecida como Ventania, ao som de Amado Batista onde o locutor dizia: “Alguém oferece a alguém e esse alguém não sabe quem” músicas como Feiticeira, como prova de seu amor e todos se sentiam amados, pois eram loucos... assim diziam.

Vida simples, porém farta... farta de amor, sabedoria, cumplicidade e magia ...

Magia sim... tudo era mágico em casa.

Meu pai, homem, honesto, trabalhador, determinado... porém doce em suas palavras. Ao final da tarde contava seus “causos” aos seis filhos vivos que tinha. Na maioria de suas aventuras sempre existia uma personagem especial... Sua professora Dona Estelinha, da qual falava com muito carinho e nos fazia desejar cada vez mais ter uma “fada madrinha” como ela.

Minha mãe, nossa!!! Encantadora... Batalhadora... Professora...

Com ela aprendi a enxergar além do que meus olhos viam, tudo era pura magia... Me encantava com os ipês e maria mijona da praça matriz, com o jogo de queimada com os amigos na rua de casa, no qual meus pais participavam como juízes. Tudo era encantador aos meus olhos.

Parafraseando Rubens Alves:

“Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.

O educador diz: Veja- e aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente...tem contato com a beleza e o fascínio do mundo...”

Foi com meus olhos ainda encantados que minha mãe me fez enxergar o mundo e me assombrar diante do banal, me fez acreditar que existiam sonhos que se realizavam com a chegada do Papai Noel, com o qual sonhava todo natal...sonhava ...observava...admirava...e realizava meus sonhos através da escrita, pois aprendemos a palavra para melhorar os olhos e poder traduzir aquilo que vemos além do que os olhos vêem.

Foi assim, me encantando com o fascínio pela vida de meus pais e pelo ofício de minha mãe que me encantei pelas letras...

Ao interpretar a vida e aprender a ler, vi que podia viajar para mundos distantes, considerados irreais para quem não conhecia as letras.

Fui percebendo que tinha o poder de mudar o mundo, pois Xisto, “O menino do dedo verde,” ao tocar canhões transformava-os em flores.

“O pequeno príncipe me ensinou a ser responsável quando disse que “tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas”...foi forte.

Com Monteiro Lobato que afirmava que “Um país se faz com homens e livros...” aprendi a ser crítica, pois me identificava com a polêmica Emília.

Com Richard Bach em Fernão Capelo Gaivota ousei vôos mais altos, mas aprendi também com as quedas.

Com Sidney Sheldon, que mesmo impróprio para idade de onze anos que tinha quando o, escondido de meus pais, aprendi a ver um mundo mais quente, libertinoso e a analisar que existem limites que temos que respeitar, mas que podemos conhecer e avaliar ...é fascinante...

Foram muitos autores como: Cecília Meireles, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Fernando Sabino, Paulo Coelho, Cora Coralina, Castro Alves,Casimiro de Abreu, José de Alencar, entre outros que contribuíram para que minha vida se tornasse cada vez mais contagiante e me incentivasse cada vez mais pela vontade de me aprofundar no mundo literário, mas foi minha mãe com seu amor por saciar a sede de conhecimento de crianças carentes e meu pai pelo encantamento pelo saber que me fizeram decidir por me formar ,primeiramente em Pedagogia e posteriormente em Letras.

Sou em todos sentidos uma pessoa idealista, que acredita que é através e só pela educação que podemos chegar a um mundo mais justo, humano.

É assim que continuo buscando meus ideais, pois o impossível reside nas mãos inertes daqueles que não lutam...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Atividades do Filme

GESTAR II – Atividades - Filme “Narradores de Javé”


PLANO DE AULA

- Gêneros textuais (oral/ escrito)
Narrações, diálogos, descrições, relatórios, dossiê, memorial, contos, lendas e mitos, argumentação, carta.
- Intertextualidade:
Com a música “Sobradinho” (Sá e Guarabira) e o filme “Central do Brasil”.
- Léxico: vocabulário coloquial regional.
- Figuras de Linguagem: metáfora, paráfrase, onomatopeia, antítese.
- Debate: - transposição do Rio São Francisco
- importância da escrita
- mobilização social e cidadania.
(produção de texto a partir do debate)
- Reflexão gramatical: comentários sobre os termos usados.

Tópicos a serem contemplados no planejamento

1. Tema da aula: A importância da leitura e da escrita e a comunicação no contexto social.
2. Objetivo: enfatizar a importância da leitura e da escrita ou da linguagem no contexto social.
3. Série: 9ºano
4. Carga horária: 4 aulas.
5. Metodologia: - introdução ao assunto
- alusão à música “Sobradinho”
- exibição do filme
- comentários, emissão de opiniões.
6. Recursos: DVD, televisão, DVD do filme, música.
7. Fechamento: - produção de textos
- reescrita do filme sob o ponto de vista de cada personagem.



Questões abordadas:
- Ética e cidadania
- A importância das variantes linguísticas (patrimônio imaterial)
- As várias versões sobre a origem da cidade de Javé. Qual a versão mais convincente para os alunos?
- A difícil tarefa de Biá, levando-se em conta as histórias orais e a memória do povo.
- O motivo pelo qual Biá não conseguiu contribuir para que Javé se tornasse patrimônio histórico.
- O que Biá poderia ter feito para transformar a memória do povo em história documentada.
- A prática de apropriação de terras que ocorre em nossos dias de formas diferentes e com outros nomes.
- Ditados populares que se aplicam ao filme: “ Quem conta um conto, aumenta um ponto ”
“ Em terra de cego, quem tem olho é rei ”
“ O povo aumenta mas não inventa “

Produções feitas

A história de Javé
Num lugarejo distante. Em um lugarzinho
Uma comunidade inquietante Sem cabeça nem pé
Preocupava-se com seu lugar Havia uma cidadezinha
Pois tudo ia inundar. Chamada Javé.

Era um povo com pouca cultura Um povo humilde e simples
Não tinham educação nem leitura. Que não sabia ler nem escrever
Os alfabetizados eram privilegiados E que via em Biá
E das coisas importantes eram encarregados. A sua solução.

Acreditavam em Biá a solução A cidadezinha de Javé
Pois só ele tinha alfabetização Ia inundar
Mas ele era um trapaceiro sem coração E o povo pensava
Que não estendeu a mão a seus irmãos. Que Biá escrevendo um livro
Poderia salvá-la.
Por isso o livro de Javé não foi escrito
O que deixou o povo aflito Mas Biá não se importava
Pois sem terra iam ficar As histórias ele escutava
E esse foi o fim de Javé E ao povo enganava.
Onde uma hidrelétrica Assim se via a importância da alfabetização.
Foi construída em seu lugar.
Aquele problema não teve solução
Alunas:Wanessa e Wylla (9º ano D2) A cidade inundou
O povo chorou
E Biá nem ligou.

Alunas: Nadinne e Natália

A história de Javé contada por Biá (texto coletivo)

Meu Deus! Não sei por que fui cair naquele lugar! Gente que nem letrada é. O negócio é a gente se virar como pode. E eu ia lá perder meu emprego? Tratei logo de movimentar aquele correio. E não é que o povo ainda ficou com raiva de mim só porque inventei umas “coisiquinhas” de nada? Correram comigo de lá. Mas que deu movimento, ah! Isso deu!
È, mas um dia, “tava” lá eles em apuros, quem é que procuraram? O letrado do Biá. Queriam registrar as lendas e as histórias daquele lugar para que ele virasse patrimônio histórico, porque senão, tudo ia por água abaixo, uma usina hidrelétrica seria construída ali, no lugar de Javé. E não é que eu virei solução?
Comecei, então, a ouvir aquele pessoal, gente ignorante que dava dó! Fiquei ouvindo... ouvindo... cansei de ouvir, cada um falava uma coisa, contava de um jeito, quem é que ia acreditar? Então, pra que escrever? Não precisava me dar ao trabalho. Não ia dar em nada mesmo! Vieram até com um tal de “valor científico”, e eles lá sabem o que é isso?
No dia da entrega do livro, nem lá apareci. De novo, ficaram contra mim. Não quiseram entender que
“valor científico” era aquilo ali, a hidrelétrica naquele lugar, era o progresso chegando.



A história de Javé
Atenção, oh, minha gente
Vem aqui pra escutar
A história de Javé
Que agora eu vou contar.

O povoado de Javé
Estava ameaçado
Por uma hidrelétrica
Tudo seria inundado.

Mas como “em terra de cego
quem tem olho é rei”
Procuraram Bia,
O trapaceiro do correio.

Como ele era o único letrado E assim o problema
Ficaria encarregado Não teve solução
De escrever as lendas e histórias Pois cada um que contava
Que o povo iria contar. Dava a sua versão.

Como diz o provérbio E o povo daquele lugar
“Quem conta um conto
aumenta um ponto” Sem saber ler ou escrever
Biá, malandro velho, Percebeu que sua história
Que escrevia, fez de conta. Ficaria apenas na memória.

Joana - professora


Relatório

Atividades - Filme “Narradores de Javé”

O filme foi passado aos alunos do 9º ano da Escola Estadual “Nossa Senhora da Penha” de Passos(MG) e foram discutidas as questões citadas no plano de aula.
Eles demonstraram interesse no filme e foram bem receptivos às questões colocadas. Foram unânimes em questionar a postura nada ética de Biá. Detectaram as variantes linguísticas, identificaram as características dos relatos orais.
“Patrimônio histórico” era assunto já abordado em outra atividade.
Associaram a questão da hidrelétrica à cidade de Guapé que viveu situação parecida por conta da represa de Furnas e “Sobradinho”, no Paraná, citada na música.
No final, fizeram produções em versos sobre o filme, o trabalho foi feito em duplas.
Foi um trabalho bastante interessante em que se obteve um bom resultado.



Professora: Joana D’Arc Silva dos Santos
Escola Estadual Nossa Senhora da Penha – Passos MG)

ROMANCE NO DESERTO








Função Social da Leitura e Escrita

-GESTAR II – PASSOS –
Formadora:Raquel Lemos Paim Lima


Filme Narradores de Javé

Inicialmente assistimos ao filme "Narradores de Javé", baseado no qual discutimos o poder da comunicação e a função social da leitura e escrita.
Posteriormente analisamos o roteiro baseado no qual as cursistas trabalhariam em oficina e aplicariam em sala.

ROTEIRO PARA ANÁLISE DO FILME “NARRADORES DE JAVÉ”

Leitura e função social
As práticas sociais no texto
Relações de poder X leitura
Gêneros textuais em uso

VARAL DE OPINIÕES E DIFERENTES PRODUÇÕES ACERCA DO FILME: (questões para nortear a produção)
De que trata o filme?
Há alguma relação entre a cena inicial, leitura feita por uma senhora..., e a cena em que Biá decide escrever a história de Javé?
Quais questões subjazem à escrita do livro da salvação?

PLANO DE AULA (possibilidades de trabalho)
Gêneros textuais (oral/ escrito)
 Intertextualidade
 Léxico
 Figuras de linguagem
 Debate - trabalhando a questão da transposição do rio São Francisco/ importância e história da escrita/ Mobilização social e cidadania, entre outros.
 Reflexão gramatical (escrita e poder)
Tópicos a serem contemplados no planejamento:
1. Tema da aula
2. Objetivo
3. Série
4. Carga horária
5. Metodologia
6. Recursos
7. Fechamento - produção
Reescrita do filme sob o ponto de vista de cada personagem (morador de Javé).
.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

7º OFICINA -TEXTO EM RITMO

GESTAR II-PASSOS-MG

Formadora: Raquel Lemos Paim de Lima

“...que o caminho seja brando a teus pés, o vento sopre leve em teus ombros. Que o sol brilhe cálido sobre a tua face, as chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja, que Deus te guarde na palma de sua mão.”

Inicialmente estudamos as características de gênero literário e de gênero não-literário; gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem; formas de realização do gênero poético: o cordel. Foram apresentados os textos em ritmo “Tango” e “Cadilac” os quais foram interpretados e analisados em seus aspectos semânticos que sintetizam a narrativa, bem como as escolhas linguísticas e o tema. Após análise minuciosa as cursistas fizeram a reescrita do texto em prosa.
Posteriormente elaboraram outra narrativa com temas diversos, que deveriam ser apresentadas em Power Point.
Como tarefa de casa as cursistas foram orientadas a aplicar a atividade com seus alunos, que segundo elas ficaram entusiasmados.

Interpretação de texto em ritmo
Cursista: Joana D’Arc Silva dos Santos

TANGO

Mariazinha de Tranças e Zé dos Sapatos Lustrosos eram amantes. Ela trabalhava numa loja e vivia cuidando também da casa; de altura mediana, usava pouca pintura, saia justa e cuidava-se mais no sábado, era romântica e sonhadora. Ele, um rapaz alto, de bigode fino, brilhantina no cabelo, unha comprida, trazia sempre um pente e uma peixeira no bolso. Gostava de filmes de violência, um tipo malandro mesmo, vivia paquerando, mas sempre de olho em Mariazinha de Tranças.
Um dia, na loja em que ela trabalhava, apareceu um moço bonito, bancário, bem vestido, era o Toninho do Terno Cinza. Quando seus olhos se encontraram, foi paixão à primeira vista.
Tiveram um caso até que Zé dos Sapatos Lustrosos descobriu e tratou de dar um jeito na situação. Deu um sumiço em Toninho do Terno Cinza.
Mariazinha ficou inconformada, triste, chorosa e deprimida.
Zé dos Sapatos Lustrosos aproximou-se novamente de Mariazinha, levou-a na conversa e a enganou até concluir seu plano de vingar a traição.
Zé dos Sapatos Lustrosos matou Mariazinha de Tranças e foi preso.

(Bruna e Gabriela – 9º ano D1)

ROCK

(interpretação coletiva feita no curso)

Dora Furacão, moça alta, saia curta, esmalte vermelho, sempre mascando chiclete e cigarro na mão. Era vaidosa, não dispensava seus cremes, esnobava o Cadilac vermelho do namorado rico, dono de uma oficina, o Kidel Cadilac.
Durante o dia, era mocinha bem comportada, muito charmosa, que encantava com sua beleza arrebatadora.
Numa de suas idas à oficina do namorado, cruzou os olhos com os do funcionário Lauro Lataria, moço de meia altura, tipo sensual, com o macacão todo sujo de graxa; ele se encantou, mas será que ela trocaria o motor do Cadilac por uma bicicleta?
Surgem fofocas e comentários que se confirmaram com o envolvimento dos dois. Dora Furacão e Lauro Lataria eram amantes.
Kidel Cadilac tinha muita consideração por seu funcionário e amigo Lauro Lataria, que era de sua inteira confiança e não se conformou quando soube que Lauro Lataria e Dora Furacão tinham fugido e ainda por cima, levado seu Cadilac.

Professora Joana D’Arc Silva dos Santos
Escola E. Nossa Senhora da Penha – Passos (MG)

Texto feito para slides

Calça branca Maquiagem carregada
de cetim top bordado de lantejoula
blusa azul biquíni com franja
sapato branco sapato alto, plataforma
pandeiro na mão muito brilho no corpo
muita jinga e sedução. samba no pé.


Zé Bamba do Samba Maria Avenida

Trabalha duro. Estuda à noite.
É camelô. Trabalha em casa de família.
Mora no morro. Ensaios na quadra
Cuida da família. nos fins de semana.

Zé Bamba do Samba. Maria Avenida
Zé Bamba do Samba Maria Avenida
Zé Bamba Maria do Samba Avenida
Maria Zé Bamba Avenida do Samba

Zé Bamba do Samba e Maria Avenida

Sambando na Avenida
A cada ano
Na esperança de que sua escola de samba
Seja campeã.

Zé Bamba do Samba e Maria Avenida

Felizes para sempre...

Joana D’Arc Silva dos Santos (professora)
Escola E. Nossa Senhora da Penha – Passos (MG)

Relatório

Atividades – Interpretação de texto em ritmo

Uma atividade novamente aplicada em turmas de 9º ano da Escola E. Nossa Senhora da Penha.
O texto foi apresentado aos alunos e foi feita uma interpretação oral em função das características das personagens, da disposição, da pontuação e do contexto; tudo levou a uma interpretação em que houve algumas divergências. Alguns defendiam determinadas ideias, enquanto que outros faziam outras interpretações e até suposições.
As produções foram bastante interessantes, passando por quase todos os ritmos: samba, rock, sertanejo, funk, rap e até hip hop; fizeram também narrações interpretativas dos textos em ritmo apresentados.
Um trabalho em que a criatividade foi bem explorada pelos alunos.

Joana D’Arc Silva dos Santos - professora
Escola Estadual Nossa Senhora da Penha

Texto em Ritmo

Texto em Ritmo GESTAR II- PASSOS Formadora: Raquel Lemos Paim de Lima “...que o caminho seja brando a teus pés, o vento sopre leve em teus ombros. Que o sol brilhe cálido sobre a tua face, as chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja, que Deus te guarde na palma de sua mão.” Inicialmente estudamos as características de gênero literário e de gênero não-literário; gênero poético, de acordo com a função estética da linguagem; formas de realização do gênero poético: o cordel. Foram apresentados os textos em ritmo “Tango” e “Cadilac” os quais foram interpretados e analisados em seus aspectos semânticos que sintetizam a narrativa, bem como as escolhas lingüísticas e o tema. Após analise minuciosa as cursistas fizeram a reescrita do texto em prosa.
Posteriormente elaboraram outra narrativa com temas diversos, que deveriam ser apresentadas em Power Point.
Como tarefa de casa as cursistas foram orientadas a aplicar a atividade com seus alunos, que segundo elas ficaram entusiasmados.

Interpretação de texto em ritmo

TANGO

Mariazinha de Tranças e Zé dos Sapatos Lustrosos eram amantes. Ela trabalhava numa loja e vivia cuidando também da casa; de altura mediana, usava pouca pintura, saia justa e cuidava-se mais no sábado, era romântica e sonhadora. Ele, um rapaz alto, de bigode fino, brilhantina no cabelo, unha comprida, trazia sempre um pente e uma peixeira no bolso. Gostava de filmes de violência, um tipo malandro mesmo, vivia paquerando, mas sempre de olho em Mariazinha de Tranças.
Um dia, na loja em que ela trabalhava, apareceu um moço bonito, bancário, bem vestido, era o Toninho do Terno Cinza. Quando seus olhos se encontraram, foi paixão à primeira vista.
Tiveram um caso até que Zé dos Sapatos Lustrosos descobriu e tratou de dar um jeito na situação. Deu um sumiço em Toninho do Terno Cinza.
Mariazinha ficou inconformada, triste, chorosa e deprimida.
Zé dos Sapatos Lustrosos aproximou-se novamente de Mariazinha, levou-a na conversa e a enganou até concluir seu plano de vingar a traição.
Zé dos Sapatos Lustrosos matou Mariazinha de Tranças e foi preso.

(Bruna e Gabriela – 9º ano D1)

ROCK

(interpretação coletiva feita no curso)

Dora Furacão, moça alta, saia curta, esmalte vermelho, sempre mascando chiclete e cigarro na mão. Era vaidosa, não dispensava seus cremes, esnobava o Cadilac vermelho do namorado rico, dono de uma oficina, o Kidel Cadilac.
Durante o dia, era mocinha bem comportada, muito charmosa, que encantava com sua beleza arrebatadora.
Numa de suas idas à oficina do namorado, cruzou os olhos com os do funcionário Lauro Lataria, moço de meia altura, tipo sensual, com o macacão todo sujo de graxa; ele se encantou, mas será que ela trocaria o motor do Cadilac por uma bicicleta?
Surgem fofocas e comentários que se confirmaram com o envolvimento dos dois. Dora Furacão e Lauro Lataria eram amantes.
Kidel Cadilac tinha muita consideração por seu funcionário e amigo Lauro Lataria, que era de sua inteira confiança e não se conformou quando soube que Lauro Lataria e Dora Furacão tinham fugido e ainda por cima, levado seu Cadilac.

Professora Joana D’Arc Silva dos Santos
Escola E. Nossa Senhora da Penha – Passos (MG)

Texto feito para slides

Calça branca Maquiagem carregada
de cetim top bordado de lantejoula
blusa azul biquíni com franja
sapato branco sapato alto, plataforma
pandeiro na mão muito brilho no corpo
muita jinga e sedução. samba no pé.


Zé Bamba do Samba Maria Avenida

Trabalha duro. Estuda à noite.
É camelô. Trabalha em casa de família.
Mora no morro. Ensaios na quadra
Cuida da família. nos fins de semana.


Zé Bamba do Samba. Maria Avenida
Zé Bamba do Samba Maria Avenida
Zé Bamba Maria do Samba Avenida
Maria Zé Bamba Avenida do Samba


Zé Bamba do Samba e Maria Avenida

Sambando na Avenida
A cada ano
Na esperança de que sua escola de samba
Seja campeã.

Zé Bamba do Samba e Maria Avenida

Felizes para sempre...

Joana D’Arc Silva dos Santos (professora)
Escola E. Nossa Senhora da Penha – Passos (MG)


Relatório

Atividades – Interpretação de texto em ritmo


Uma atividade novamente aplicada em turmas de 9º ano da Escola E. Nossa Senhora da Penha.
O texto foi apresentado aos alunos e foi feita uma interpretação oral em função das características das personagens, da disposição, da pontuação e do contexto; tudo levou a uma interpretação em que houve algumas divergências. Alguns defendiam determinadas ideias, enquanto que outros faziam outras interpretações e até suposições.
As produções foram bastante interessantes, passando por quase todos os ritmos: samba, rock, sertanejo, funk, rap e até hip hop; fizeram também narrações interpretativas dos textos em ritmo apresentados.
Um trabalho em que a criatividade foi bem explorada pelos alunos.

Joana D’Arc Silva dos Santos - professora
Escola Estadual Nossa Senhora da Penha

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Atividade realizada na aula presencial do curso GESTAR.
Narrativa de “Mariazinha de Tranças e Zé dos sapatos lustrosos”.
Música nordestina.
Cursista: Adrine Lobato

Conta-se a história de Zé dos sapatos lustrosos,
moço alto, bigode fino e brilhantina no cabelo.
Levava sempre consigo um pente e uma peixeira.
E da romântica Mariazinha de Tranças,
moça de meia altura, usava sempre saia secretária,
pouca pintura, muito vaidosa.

Zé dos sapatos lustrosos levava uma vida folgada,
até que um dia viu Mariazinha passar.
Seu olhar malicioso caiu sobre suas pernas e tranças.
Mariazinha trabalhava, trabalhava e trabalhava e
sonhava com suas fotonovelas.
Zé dos sapatos lustrosos ocupava-se dos seus “trampos”
que incomodava a vizinhança.
Juntos levava uma vida assim, assim...

Até que um dia, entra na loja um rapaz muito bonito,
bem comportado, limpo e ... ban-cá-rio.
E ela se vê invadida por um estranho calor,
assim que seus olhos se cruzam com os de Toninho do Terno Cinza.
Toninho e Mariazinha não resistiram a forte atração,
ao desejo incontrolável e se entregaram
ao prazer momentâneo, passageiro. Depois disso
Toninho do Terno Cinza sumiu como fumaça.

Mariazinha, sozinha, triste e chorosa
volta para o Zé dos Sapatos Lustrosos, acreditando que
pudesse levar adiante sem revelar o seu segredo.
Vivem então uma noite de amor.
Porém, Zé já maquinava como lavar sua honra.
Empunhando sua peixeira, aos berros gritou:
__ “Sua vagabunda! Cê pensou que ia me enganar?”
e tirou a vida da bela Mariazinha indefesa.
Zé dos Sapatos Lustrosos perdeu sua vaidade e liberdade,
Foi direto para o xadrez.